Mega fazendeiro envolvido no assalto a banco em Ariapuanã
Marcos Di Perez, da TV Record de Juína
e Paulo Adriano, de Aripuanã
A Polícia Militar recebeu uma informação crucial e deverá começar uma nova linha de investigação sobre o assalto ao Banco do Brasil de Aripuanã, ocorrido na manhã desta quarta-feira. O comandante adjunto do CR VIII em Juína, capitão Vasconcelos revelou que um fazendeiro “grande” da região Noroeste do Estado pode está envolvido com o assalto ao banco. A sua participação seria auxiliar os criminosos na fuga. Essa informação está sendo investigada pela polícia. Já sabemos quem é esse fazendeiro, mas por enquanto não podemos divulgar seu nome, vamos investigar” - afirmou o militar. Calcula-se que o bando tenha levado em torno de R$ 500 mil.
Um pastor evangélico que foi tomado como refém, afirmou que foi parado pelos assaltantes que simulavam uma blitz na entrada da cidade. “Eles estavam bem armados, me pararam pediram os documentos e um deles entrou na caminhonete e disse que era um assalto; eles só pediram para ficar quieto” - contou o religioso. De acordo com o pastor evangélico, os criminosos estavam bastante estruturados para o assalto, munidos de informações e de uma grande quantidade de munições e armamento pesados, além de radio comunicador.
De dentro da caminhonete os ladrões trocavam informações com o restante do bando que provavelmente já estavam próximo a agência. Ao chegar a agência os criminosos fizeram vários disparos contra policiais militares que estavam próximo ao banco. Entre clientes e funcionários, por volta de 100 pessoas estavam na agência, que se encontra repleta de dinheiro: era dia de pagamento tanto ao funcionalismo público estadual quanto ao municipal, e a construtora Odebrecht – que toca a obra de uma usina hidrelétrica na região. Além disso, a agência havia recebido uma carga de valores na véspera, o que reforça a tese de planejamento profissional.
Na ação dos bandidos, algumas pessoas foram baleadas de raspão, mas não houve danos maiores. Vários comércios nas proximidades ficaram com as vidraças destruídas.
Após recolherem malotes de dinheiro, os bandidos tomaram seis reféns – dentre eles o gerente da agência, quatro funcionários e um cliente, cuja caminhonete L200 azul acabou sendo aproveitada para a fuga. O grupo se dirigiu à região do distrito Conselvan (com cerca de 5 mil pessoas), próximo a uma terra indígena. Numa das pontes de madeira da estrada, o grupo abandonou e incendiou o Vectra utilizado para a fuga e liberou quatro reféns. Depois, prosseguiram dentro da reserva, onde liberaram os demais reféns, abandonaram os veículos e partiram para a mata cerrada, conforme relato do policial tenente Sebastião Taques, que integra as operações de busca.
As chuvas, à tarde, transformaram-se em mais um fator de dificuldade para que a Polícia fechasse o cerco contra os bandidos, mesmo tendo à disposição o sobrevôo de um avião e um helicóptero. Aliás, uma das preocupações da Polícia é justamente o poder de fogo dos criminosos – foi encontrada no banco munição de fuzil suficiente para derrubar aeronaves, material de que nem a Polícia local dispõe.
O capitão Vasconcelos disse que cerca de 50 policiais estão na região de Conselvam à procura dos assaltantes. Hoje pela manhã policiais do BOPE passaram por Juína e foram auxiliar nas buscas dos assaltantes. “É questão de horas, para prender os criminosos” contou Vasconcelos. O delegado regional e municipal e investigadores de Juína também estão com o grupo de policiais em Conselvam distrito localizado há 80 km de Aripuanã. (24 Horas News)
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