MISTÉRIO
Dinheiro desviado por advogados era destinado a "Boate Cristal", em Cuiabá
Os advogados acusados do golpe
Os delegados da Polícia Federal, Wilson Rodrigues e Ewandro Ivazack, informaram à imprensa na quinta-feira (13), durante coletiva, que desvio de R$ 13,5 milhões do fundo de pensão de servidores do antigo Banco do Estado (Bemat) foi encaminhado, por meio de vários cheques, a uma empresa fantasma. No endereço informado funciona a boate Crystal Night Club, localizada no Bosque da Saúde.
Os acusados pelo esquema, os advogados, Nelson Prawucki e Newman Pereira Lopes, foram preso pela Polícia Federal na Operação Assombro, deflagrada hoje (13). Além dos mandados de prisão, a PF cumpre três mandados de busca e apreensão, nas residências dos suspeitos e em um edifício, onde funcionam diversas empresas controladas pelos acusados. A PF tenta identificar para onde foi o dinheiro foi desviado.
A investigação constatou que o ex-liquidante do Instituto de Previdência Complementar do extinto Banco do Estado do Mato Grosso (BEMAT), Nelson Prawucki, contratou um escritório de advocacia pertencente a seu sócio. Esse escritório agia desviando créditos judicialmente reconhecidos que a instituição possuía com o Governo do Estado.
O desvio foi executado mediante a estipulação de honorários em quase 60% do valor principal. Para ocultar a natureza ilícita da operação, os acusados se valeram de técnicas que ocultavam a origem do dinheiro, como a assinatura de contrato de confidencialidade e uso de empresa “fantasma”, para o recebimento dos recursos.
Os dois advogados presos hoje já haviam sido indiciados pela Polícia Federal e denunciados em ação penal, durante o ano passado, pelo crime de gestão fraudulenta de instituição financeira, diante do desvio de R$ 13,5 milhões.
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