Contador de visitas

sábado, 4 de maio de 2013


Deputado denuncia "roubalheira correndo solta" no governo Silval Barbosa
-------------------
Imprensa "comedora de lavagem palaciana" coloca rabo entre as pernas e MPE poderá investigar



PELAS BANDAS DO PAIAGUÁS....



Por Eduardo Gomes (MTAQUI)

O deputado estadual  José Domingos Fraga Filho (PSD) disse com clareza, sem tom eloquente e com serenidade que “a corrupção corre solta” na Secretaria de Transporte e Pavimentação Urbana (SETPU) do governo de Mato Grosso. A denúncia do deputado é gravíssima, foi feita na tarde de ontem, numa reunião ampliada da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Assembleia Legislativa, para ouvir o secretário de Estado de Fazenda, Marcel Cursi. A denúncia do deputado José Domingos foi ouvida pelos participantes da reunião, os deputados Jota Barreto, Nininho, Sebastião Rezende, Wagner Ramos e Emanuel Pinheiro (PR); Daltinho de Freitas e Baiano Filho (PMDB); Alexandre Cesar e Ademir Brunetto (PT); Luciane Bezerra (PSB); José Riva (presidente da Assembleia), Walter Rabello (presidente da CCJ) e Pedro Satélite (PSD); Dilmar Dal Bosco (DEM); e Marcio Pandolfi (PDT). Também chegou aos ouvidos dos jornalistas que cobriam a reunião no recinto onde a mesma acontecia. Seu teor pode ser encontrado nas notas taquigráficas da reunião e no arquivo da TV Assembleia que transmitiu o evento ao vivo.  Imediatamente após o término da reunião publiquei material sobre a denúncia. Esperei por nota do Palácio Paiaguás contestando a fala do deputado ou anunciando que mandaria apurar o caso, mas o governo de Silval Barbosa fez silêncio sepulcral. Acompanhei os trabalhos na Assembleia à noite, mas nenhuma frase foi ditada sobre o grave fato levantando por José Domingos. Sites, televisões, rádio e jornais também fizeram coro silencioso, muito embora a sala da reunião estivesse apinhada de jornalistas com seus blocos de anotações. 

 A denúncia de José Domingos é o terceiro fato grave envolvendo o governo de Silval Barbosa nos últimos dias. O primeiro fato grave partiu da ex-secretária de Educação Vanice Marques, que denunciou a existência de desvios na secretaria onde trabalhou. Silval anunciou que mandou apurá-lo com “rigor e profundidade”, mas até agora, de prático não se tem nenhuma notícia. Essa denúncia partiu de uma ex-beneficiária do nepotismo cruzado – Vanice é irmã do deputado estadual Airton Português (PSB) e ocupou outros importantes cargos no governo. O segundo fato grave foi a publicação de uma apostila da Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas) para um curso profissionalizante que tem ou teria por objetivo qualificar mão de obra para a Copa do Pantanal. Esse material continha textos imorais e ofensivos aos municípios de Cáceres, Santo Antônio de Leverger, Barão de Melgaço e Nossa Senhora do Livramento. Um inquérito policial foi instaurado para apurar quem teria feito sabotagem ao texto. Nenhum servidor foi responsabilizado e a titular da secretária, Roseli Barbosa – que é primeira-dama de Mato Grosso - foi poupada. Até agora, apenas o Instituto Concluir, que publicou o material, admitiu que a responsabilidade é sua. Essa publicação custou R$ 633.800 aos cofres públicos. Uma servidora graduada da Setas disse a uma emissora de TV que o conteúdo não foi lido nem revisado por quem de direito.

 O terceiro fato grave é a denúncia de José Domingos, que se não fosse por este site estaria correndo em segredo de Imprensa. O caso é gravíssimo. Se realmente há corrupção na Setpu, o secretário Cinésio Nunes tem que ser responsabilizado na forma de lei e imediatamente exonerado do cargo. Se o deputado foi intempestivo e mentiu, tem que ser punido. O que não pode é persistir o questionamento: há corrupção na Setpu ou José Domingos é mentiroso? Diante da indiferença do governo Silval Barbosa e do silencio da Assembleia Legislativa, apelo ao procurador-geral de Justiça Paulo Roberto Jorge do Prado, que mande instaurar procedimento para apurar o caso. Espero que o Ministério Público não se omita, pois se assim o fizer Mato Grosso cairá no fundo do abismo do vácuo do Estado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário