POLÍCIA DE PRIMAVERA DO LESTE AGUARDA PARAGUAIO MORRER PARA ENCERRAR CASO DA MORTE POR DEGOLAMENTO DA ADVOGADA ALESSANDRA MARTIGNAGO

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MATADOR OU VÍTIMA DE ARMAÇÃO?

O BÁRBARO ASSASSINATO DA ADVOGADA EM PRIMAVERA DO LESTE

 

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CULPADO OU INOCENTE? Com pinta de galã de cinema, paraguaio humilde pode ser responsabilizado por crime que talvez nem tenha cometido

Cristiano Inácio dos Santos, à beira da morte em UTI

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ESTARIA MENTINDO OU FALAVA A VERDADE? Antes do brutal assassinato ele revelou a amigos que tinha um romance secreto com a advogada

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POR QUE O EX-MARIDO NÃO ESTÁ SENDO INVESTIGADO? Ela estava separada há apenas 60 dias do ex-marido

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ADVOGADA NÃO TINHA OUTROS INIMIGOS NA CIDADE? PORQUE TAL HIPÓTESE FOI IGNORADA?

A polícia do governo Silval Barbosa tem dado um exemplo claríssimo de como as coisas funcionam no Estado. Quando um crime bárbaro envolve pessoas de posses, conhecidas, sendo uma delas a vítima e outra (s) criminosa, tudo se faz para acobertar a participação do executor (ou executora), procurando (de imediato) achar um "BODE EXPIATÓRIO" para colocar na jogada.

Foi assim em Cuiabá na década de 80, quando uma universitária foi barbaramente morta após ser estuprada. Para responsabilizar seu estrangulamento prenderam dois pobres diabos, um deles alcunhado de Orelhinha. De tanto apanhar da polícia, ao ser libertado anos depois, estava débil mental e semi-paralítico. O outro morreu na cadeia. E também anos depois descobriu-se a verdade, mas sem nenhuma punição: os assassinos, também universitários, eram filhos de um juiz, um empresário riquíssimo em Mato Grosso e dois outros de menos posse. Mataram a jovem por pura diversão, certeza de impunidade.

Ontem (3) circulou a notícia em Primavera do Leste de que o paraguaio Cristiano IOnácio, 24 anos, preso como principal suspeito da morte da advogada Alessandra Martignago, 24, tinha morrido na UTI de um hospital em Rondonópolis. Alguns foguetes pipocaram isoladamente na cidade, numa demonstração de que grande parte da população, bombardeada por notícias direcionadas e (possivelmente) beneficiadoras dos verdadeiros assassinos, ilesos e impunes, acredita mesmo na versão de que o rapaz seja o criminoso real. Só que o acusaram de ter estuprado a vítima, antes do degolamento... Que era um estuprador psicopata e violento. Nada foi provado pelos exames periciais. E a polícia local demonstra, claramente, que só aguarda a confirmação da sua morte para encerrar o caso.

A advogada foi violentamente espancada antes de ser morta com um objeto pontiagudo, ainda não identificado pela polícia. Teve dentes quebrados, rosto desfigurado por socos e ponta-pés. O assassino estava com muito ódio da vítima. Porque após um crime tão violento, sabendo que logo seria descoberto, Cristiano permaneceu na cidade? Por que não fugiu para o Paraguai com carro, jóias e R$ 5 mil em dinheiro, "ROUBADOS" da vítima, segundo versão policial para a imprensa. Triste é ver a autoridades do Paraguai (Embaixada e Consulado) completamente omissas, assistindo tudo de camarote, enquanto um filho do seu país passa por situação tão deprimente e pavorosa. Outra perguntinha? Quem não tentaria escapar de uma turba furiosa no seu encalço, tentando lincha-lo a qualquer custo?

Na realidade, o assassinato da advogada Alessandra Martignago, ocorrido na sexta-feira da Santa (30) na cidade de Primavera do Leste,  continua envolto em mistérios. E a polícia local nada faz (ou pouco tem feito) para elucidar o fato, como que acobertando alguem (ou alguns) muito  poderoso. Um suspeito (o paraguaio), tipo "bode expiatório" já foi publicamente satanizado, estando numa UTI hospitalar em Rondonópolis em coma profundo, baleado, ferido no capotamento da caminhonete ao tentar fugir de multidão enfurecida, e também de tanto que apanhou dos amigos e parentes da vítima, ao ser retirado do veículo.

 Estranhamente, Cristiano Inácio dos Santos, jovem paraguaio com toda pinta de galã de cinema, orgulhava-se diante dos amigos de ter um romance secreto com a vítima. Estaria mentindo? Porque mentir para tantas pessoas, insistindo num fato que, segundo "conclusão" da polícia, só ocorria dentro da sua mente doentia? Já tinha sido flagrado só de cuecas por um irmão da vítima na casa dela. E o mais intrigante, a advogada estava separada há somente 60 dias do ex-marido. Um outro suspeito que merece ser investigado... Ele, o paraguaio, guardava cuidadosamente coisas dela no seu quartinho de caseiro, numa chácara em Primavera, incluindo jóias. Não seriam presentes? Se matou, pela manhã, porque não fugiu para o Paraguai com dinheiro (R$ 5.000,00), jóias e caminhonete "roubados" da advogada? Ficou o dia todo passeando com o carro pela cidade, como se nada soubesse ou nada tivesse feito, até ser perseguido, baleado pela polícia e violentamente espancado pelos parentes, estando agora à beira da morte. É um caso pra lá de misterioso, que o Consulado do Paraguai deveria acompanhar de perto para evitar possíveis injustiças. Porque ninguem falou sobre a "recuperação" dos cinco mil reais roubados?