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Agentes penitenciários ocupam a avenida Rubens de Mendonça no primeiro dia de greve, em Cuiabá
Texto e Foto: Priscilla Silva - Olhar Direto
No primeiro dia de greve dos Agentes Penitenciários, uma
manifestação que iniciou no Centro Político Administrativo culminou em
um protesto na Praça Ulisses Guimarães, localizada na Avenida
Historiador Rubens de Mendonça, em frente ao shopping Pantanal. Com
nariz de palhaço e vestidos de preto, cor do uniforme dos agentes, eles
empunharam faixas e distribuíram informativos para mostrarem as
condições de trabalho que estão submetidos.
A interdição de uma das vias da cidade foi descartada, pois segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen-MT), João Batista, a ocupação foi descartada devido às obrar da Copa que já dificultam o trânsito.
A reivindicação da categoria remete a uma pauta de 2011 que ainda não foi cumprida pelo Governo do Estado. O baixo efetivo nas unidades prisionais é uma das maiores queixas da categoria. Segundo o sindicalista, existem Cadeias no interior que para uma população de 100 presos existe apenas um agente penitenciário. O pagamento de insalubridade, prometido pelo Governador no ano passado, também não foi feito e já conta com um atraso de mais de nove meses.
O ambiente carcerário no país é considerado insalubre em decorrência da sua péssima infraestrutura, uma atmosfera que já foi alvo de estudo da Universidade de São Paulo (USP). De acordo com o psicólogo Arlindo da Silva Lourenço, autor do estudo, os locais insalubres desencadeiam uma série de problemas de saúde como diabetes, hipertensão, ganho de peso, estresse e problemas psicológicos como depressão. Ainda segundo o estudioso, muitos dos agentes morrem cedo, em média entre 40 e 45 anos.
Com a greve, as unidades penitenciárias ficaram praticamente desassistidas de agentes penitenciários, pois apenas 30% da categoria farão os serviços básicos como alimentação e expedição de alvarás. Para constituir a segurança a Secretaria de Segurança deverá dispor de Policias Militares durante o período grevista.
EM RONDONÓPOLIS MOVIMENTO GREVISTA SACUDIU A CIDADE
Os agentes penitenciários de Rondonópolis cruzaram os braços nesta quinta (4), assim como os demais agentes de todo o Mato Grosso. No município, as principais reivindicações da categoria são o aumento real nos salários, que hoje é de R$ 1, 8 mil, além de um adicional de insalubridade e também a contratação de mais efetivo.
A interdição de uma das vias da cidade foi descartada, pois segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen-MT), João Batista, a ocupação foi descartada devido às obrar da Copa que já dificultam o trânsito.
A reivindicação da categoria remete a uma pauta de 2011 que ainda não foi cumprida pelo Governo do Estado. O baixo efetivo nas unidades prisionais é uma das maiores queixas da categoria. Segundo o sindicalista, existem Cadeias no interior que para uma população de 100 presos existe apenas um agente penitenciário. O pagamento de insalubridade, prometido pelo Governador no ano passado, também não foi feito e já conta com um atraso de mais de nove meses.
O ambiente carcerário no país é considerado insalubre em decorrência da sua péssima infraestrutura, uma atmosfera que já foi alvo de estudo da Universidade de São Paulo (USP). De acordo com o psicólogo Arlindo da Silva Lourenço, autor do estudo, os locais insalubres desencadeiam uma série de problemas de saúde como diabetes, hipertensão, ganho de peso, estresse e problemas psicológicos como depressão. Ainda segundo o estudioso, muitos dos agentes morrem cedo, em média entre 40 e 45 anos.
Com a greve, as unidades penitenciárias ficaram praticamente desassistidas de agentes penitenciários, pois apenas 30% da categoria farão os serviços básicos como alimentação e expedição de alvarás. Para constituir a segurança a Secretaria de Segurança deverá dispor de Policias Militares durante o período grevista.
EM RONDONÓPOLIS MOVIMENTO GREVISTA SACUDIU A CIDADE
Os agentes penitenciários de Rondonópolis cruzaram os braços nesta quinta (4), assim como os demais agentes de todo o Mato Grosso. No município, as principais reivindicações da categoria são o aumento real nos salários, que hoje é de R$ 1, 8 mil, além de um adicional de insalubridade e também a contratação de mais efetivo.
De acordo com o presidente da subsede do Sindicato dos Servidores
Penitenciários do Estado de Mato Grosso, Arilson Moreira Rodrigues, em
2011, o Governo havia prometido aprovar um aumento gradativo de 20% para
2012; 25% para este ano e 30% para 2014. Mas até agora, nada foi
confirmado.
Outra reclamação é em relação à quantidade de agentes prisionais
que trabalham na Penitenciária Major Eldo de Sá Correa, a Mata Grande, e
nas cadeias públicas masculina e feminina. Para se ter uma ideia, na
Mata Grande são em média 18 agentes para cerca de 1, 3 mil presos, o que
dificulta o trabalho, além de colocar em risco a vida dos
profissionais. Os agentes pedem que os 35 classificados em concurso de
2009 sejam chamados e que seja realizado um novo concurso para suprir a
demanda.
Com a paralisação, apenas 30% do efetivo vai continuar
trabalhando. As visitas por enquanto vão ficar suspensas e o banho de
sol dos reeducandos na Mata Grande será feito somente nas alas e não
mais na quadra. Outros serviços, como alvará de soltura, entrega de
alimentos e de medicamentos de uso contínuo, as rondas, guarda e a
vigilância, bem como a entrega de presos em flagrantes serão mantidos,
inclusive, para não dificultar o trabalho nas delegacias da cidade.
Enquanto o Governo não atender às reivindicações, Arilson afirma
que a greve será por tempo indeterminado. “Nós esperamos conseguir
dialogar com o Estado e ter nossa pauta de exigências atendidas, para
que possamos voltar a trabalhar”.
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