Afegã que teve rosto mutilado pelo marido conclui reconstrução facial nos EUA
Do UOL, em São Paulo
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Em 2010, sua imagem estampou a capa "Time"
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"Estou feliz com meu novo rosto", afirmou Aesha, que teve o nariz e a orelha cortados pelo marido
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Aesha posa com um nariz protético em Beverly Hills, na Califórnia, em outubro de 2010
Em 2012, ela declarou à rede de TV norte-americana "CNN" não ter mais medo de se olhar no espelho.
"Eu não me importo. Todo mundo tem um problema. No começo, eu ficava assustada. Tinha medo de olhar no espelho", afirmou. "Agora eu não tenho mais medo. Agora eu entendo o sentido da minha vida", continuou.
Aesha foi torturada pelo marido após tentar fugir de casa, no Afeganistão, para evitar um casamento forçado.
Ela teve o nariz e a orelha cortados durante a tortura, e a imagem de seu rosto, clicada pela sul-africana Jodi Bieber, foi vencedora no concurso World Press Photo, um dos mais cobiçados do fotojornalismo.
"Eu quero dizer a todas às mulheres que sofrem abuso que elas precisam ser fortes", afirma Aesha, que tinha 18 anos quando foi torturada.
A afegã tornou-se símbolo da opressão às mulheres no Afeganistão.
Aesha foi resgatada por tropas americanas e vive agora nos Estados Unidos, onde iniciou o tratamento de reconstrução facial em um hospital de Bethesda, em Maryland, que hoje está concluído.
Como parte do tratamento, a testa de Mohammadzai ficou inchada, devido ao implante de uma bolsa de silicone preenchida com líquidos, com a finalidade de expandir sua pele e fornecer tecido extra para o novo nariz. Além disso, foi transplantada pele de seu antebraço para a parte do nariz, com o objetivo de cobrir o buraco causado pelas mutilações.
O próximo passo foi pegar a cartilagem das costelas, que foi usada para fazer o novo nariz.
Sangue de cobra para esquentar
Imagem 3/11:
Soldado da Marinha dos Estados Unidos bebe sangue de
cobra durante treinamento de sobrevivência na selva na base militar de
Chon Buri (Tailândia). Cerca de 13 mil soldados de sete países
(Tailândia, Estados Unidos, Cingapura, Indonésia, Japão, Coreia do Sul e
Malásia) participam do treinamento, que dura 11 dias
Pornchai Kittiwongsakul/AFP
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