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domingo, 6 de abril de 2014

DEU FEBRE ATÉ NO "MINHOCÃO"!
 Jornal europeu detona Cuiabá, Silval Barbosa, obras "porcalhonas" da Copa, sobrando até mesmo para "ambulâncias velhas e fedorentas" servindo o povão na Capital


 O jornal The Times, da Inglaterra (um dos maiores do mundo), abordou pesadamente os problemas enfrentados pela capital de Mato Grosso, Cuiabá que irá sediar os jogos da Copa do Mundo em junho deste ano. Com 56 obras simultâneas, o periódico questiona a qualidade das mesmas e o prejuízo vivenciado pela população. A deputada Luciane Bezerra, que ajudou no municiamento do "cacete", revelou que protestos devem assolar Mato Grosso e o país durante o Mundial, devido à indignação da população. O The Times começa a reportagem com a afirmativa de que Cuiabá não é uma escolha óbvia para sediar a Copa do Mundo e cita também as equipes de futebol do Estado que não estão entre os melhores classificados do país. “Isso é apenas o começo de seus problemas. Com poucos meses até o torneio, os visitantes que chegam à cidade podem ver imediatamente o quão mal os preparativos estão indo. O terminal do aeroporto da Copa do Mundo é uma concha vazia de vigas de aço. Uma estrada de ferro planejada levando à cidade é uma vala enlameada, enquanto o trabalho de construir obstrui o tráfego. A obra será concluída meses após a competição terminar, e já é assunto de uma investigação de fraude federal”, afirma a reportagem. 

O jornal também acrescenta que o concreto em muitos dos novos projetos como estradas, pontes e valas de drenagem já está rachando. “A Copa do Mundo foi concebida para ser uma oportunidade para a capital do Estado de Mato Grosso - o celeiro do Brasil no centro geográfico preciso da América do Sul - para atualizar seu sistema de transporte e mostrar ao mundo a sua melhor face. Ao invés disso, os moradores da cidade queixam-se que bilhões de dólares foram desperdiçados em um lugar onde os hospitais públicos são um caos”, destaca. A falta de hotéis para os cerca de 200 mil torcedores estrangeiros esperados em Cuiabá, também é um problema e a cidade pediu 1.000 casas para abrir as suas portas aos turistas. Cada uma das 56 intervenções relacionadas com a Copa do Mundo sofreram atrasos e a tormenta por problemas de construção, ou está sob investigação das irregularidades por parte do Ministério Público Estadual (MPE). O seu relatório para a comissão de engenharia da cidade, encomendado pela Assembléia Legislativa do Estado é preocupante. "Eles vão ter que fazer tudo de novo. Houve uma falta de planejamento por parte do Governo", destacou.

 Há também questões sobre o futuro dos £ 140 milhões (mais de R$500 milhões), investidos na Arena Pantanal com 42.500 lugares, que sediará apenas quatro jogos envolvendo a Rússia, Japão, Chile, Colômbia, Bósnia, Coreia do Sul, Austrália e Nigéria. A Arena foi construída com recursos públicos, e será gerida após o torneio por uma concessão privada, embora os organizadores da Copa do Mundo admite, que ainda não sabem como será usada - shopping center, sala de concertos ou estádio de futebol - e não divulgará quantas licitações foram feitas para a concessão. "Ao invés de investir no setor do turismo, o Governo concentrou-se em projetos de infra-estrutura, porque eles são mais fáceis de enganar", disse Luciane Bezerra (PSB), parlamentar de oposição. Ao invés de estimular o crescimento, disse ela, a Copa do Mundo deixará Mato Grosso com uma dívida £ 2.000.000.000 (por volta de R$6 bilhões). "Há uma grande revolta na sociedade por causa da má gestão", apontou a deputada. "Eu acho que vai haver protestos em todo o Brasil. Uma oportunidade para as pessoas irem às ruas para reivindicar seus direitos", observou. José , 24 anos, estudante de enfermagem, disse que vai ser um daqueles que estará nas ruas. "O hospital em Cuiabá só tem oito ambulâncias; eles mudam os lençóis da cama a cada cinco dias", ressaltou. "O dinheiro está sendo gasto de forma errada. Eles têm dinheiro, mas o tomaram para si mesmos”, desabafou.

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