ROUBALHEIRA ESCANCARADA EM MT

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VELHINHOS APOSENTADOS E VIUVAS ADOENTADAS COMEM "PÃO QUE O DIABO AMASSOU" NAS CRUENTAS GARRAS DO GOVERNO SILVAL BARBOSA

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O Governo do Estado, além do caixa dos Fundos Estaduais, está raspando também os valores retroativos dos pensionistas... Até onde irá essa arrecadação paralela?

O policial civil aposentado João Coriolano de Souza, o popular “João Paraíba”, 83 anos, morador folclórico do bairro Cidade Verde - antiga Cohab Velha- morreu em 20 de junho do ano passado. A partida do patriarca da família Souza, após semanas de internação em uma Unidade de Terapia Intensiva foi apenas o início de uma jornada difícil para esposa e filhos.

A viúva e sexagenária Inês Coelho de Souza entregou a filha Leidyane Regina de Souza a responsabilidade sobre as questões práticas após a morte do marido. Em menos de  um mês após o falecimento do pai ela entrou com o pedido de pensão por morte junto a Superintendência de Aposentados e Pensionistas da Secretaria de Estado de Administração (Suprev/SAD/MT).

Após dois meses o requerimento foi deferido e a primeira pensão paga, porém, sem os valores retroativos que lhes são de direito. Leidyane vai semanalmente a SAD no intuito de receber os valores atrasados ou mesmo alguma informação que justifique o fato, mas nada conseguiu por enquanto.

“Antes a pessoa recebia automaticamente os meses retroativos, agora, nem o dinheiro e nem justificativa plausível", desabafa. Ela conta que a única satisfação que lhe dão é que o Governo do Estado não está pagando retroativo de pensão. Ela revela que o caso da sua mãe não é isolado e  muitas pessoas estão na mesma situação, buscando em vão, informações na Secretaria de Administração.

Muitos pensionistas vivem situação semelhante 

Uma vizinha da família Souza também é vítima do mesmo problema e diferente de dona Inês que tem aposentadoria própria pela Secretaria de Saúde, a vizinha é dona de casa, adoentada,  e precisou da ajuda de familiares até começar a receber o benefício pela morte do marido. A surpresa ocorreu quando constatou a falta dos retroativos e a impossibilidade de honrar compromissos assumidos.

As duas famílias já procuraram o Ministério Público Estadual - MPE, onde foram informadas que para ingressar com processo contra o Estado reivindicando os valores, seria necessário que o pedido do benefício estivesse indeferido.

Em função das visitas frequentes à Secretaria de Administração em busca do recebimento, as interessadas fizeram amizade  com alguns servidores, os quais reservadamente, lhes informaram que a ausência de pagamento dos retroativos ocorre por falta de dinheiro ou então por culpa da Copa de 2014. Mas, oficialmente não há resposta para os pensionistas.

 Ao que se apresenta, o Governo do Estado, além do caixa dos Fundos Estaduais, está raspando também os valores retroativos dos pensionistas. Até onde irá essa arrecadação paralela? (Texto: TurmadoEpa)