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terça-feira, 30 de novembro de 2010


Muvuca, do Megadebate, prevendo um futuro brilhante e vitorioso para Fantochico Galindo, o homem que conseguiu trapacear até Wilson Santos!


Chico Galindo, o come quieto


Por José Marcondes (Muvuca)
Nada de Wilson Santos , Thelma de Oliveira, Éder Moraes, Sérgio Ricardo, Valtenir Pereira, Mauro Mendes, Serys, Abicalil, procurador Mauro, ou tão menos o doido do Marcos Baiano. O nome cantado e decantado nos corredores do Palácio Dante de Oliveira, como futuro prefeito de Cuiabá, é o dele mesmo, o atual, Chico Galindo.

É difícil chegar onde ele chegou, vindo de onde veio: Empresário paulista, cheio de pendências na justiça, sem tradição política ou história para contar. Na falta de enredo, a própria política trata de espicaçá-lo: Um oportunista que comprou meio mandato do outro espertalhão. O espertalhão, em tela, é nosso conhecidíssimo e arrasadíssimo Wilson Santos, que se reelegeu colocando o ‘oportunista’ como vice, combinando, depois, que deixaria metade de seu mandato como herança, para concorrer ao governo do estado.

O resto da história todo mundo sabe. O que ninguém sabe é o que envolveu aquele acordo. Alguns dizem que Galindo foi convincente o bastante (bastante no sentido de muito), para deixar Wilson sem precisar trabalhar por muitos e muitos anos, caso viesse a perder a eleição, se é que dá para entender, colocando nestes termos.

Mas esta não é minha opinião, até porque nada podemos provar, a não ser a evidência dos próprios fatos: Wilson perdeu, hoje está mesmo de barriga pra cima, e Galindo governando a cidade. O resto fica para sua imaginação.

Quem virá depois, aqueles nomes lá de cima ou o próprio Galindo? A resposta está sendo dada todos os dias, os agrupamentos políticos estão se mexendo nos bastidores e todas as eleições posteriores, de presidente de bairro a presidência da Assembleia Legislativa, está atrelada às eleições de 2012.

Não está em jogo apenas o poder e tudo que o envolve, como fama, dinheiro e benefícios. Está em jogo muito mais. O próximo prefeito será o glamoroso prefeito da Copa 2104. O que está em jogo, também, é entrar para a história.

No plano prático, Galindo está só. Ele, a máquina municipal e seu minúsculo PTB, protegido apenas pelas centenas de DAS’s que permanecem na prefeitura, após a queda definitiva do império tucano, que um dia mandou em tudo isso aqui.

No plano das conjecturas há vários movimentos que para uns, significam a aproximação de Galindo com o governo do estado, e que, lá na frente, será ungido por Silval Barbosa para permanecer onde está. Não há nada concreto sobre isso, a não ser conjecturas. Para o governo é bom, passa uma imagem de que não persegue ninguém e que ajuda Cuiabá. Para Galindo melhor ainda, mostra desprendimento, humildade e traz, como conseqüências, obras e serviços para a capital. Ao contrário do antecessor, que só aceitava a entrada das máquinas se pudesse bater no peito e gargantear.

Governistas, como Éder Moraes e Sérgio Ricardo estão acompanhando, sem se manifestar, mas sabem que isso não é bom. O melhor seria deixar Galindo falando sozinho, como aconteceu com Wilson Santos, e continuar tocando as obras em Cuiabá pela própria conta e risco do estado. A fórmula não é boa, e o travamento PAC em tempos anteriores prova que esse não é o melhor caminho.

Para os tucanos, Galindo está apenas jogando uma isca, eles acreditam que água é água e óleo é óleo, e que Galindo pertence ao lado de cá. Ledo engano. Se houve um acordo, este acordo se findou após 3 de outubro, e Galindo cumpriu sua parte, dispensou o assédio governista e fez tudo que pôde para alavancar a candidatura de Wilson, que já pesava meses de desgaste.

Com Wilson e o tucanato na Lona, não há nada que Galindo possa fazer, senão seguir o próprio caminho. E é isto que estamos vendo, Galindo pavimentando sua reeleição, no silêncio da sua própria sombra, sem tempo a perder.

Pode não parecer nada, mas chega a ser carregado de simbolismo, o esquisito Marcos Baiano, que fez o maior sucesso cantando seu próprio jingle nas últimas eleições, e apoiava Wilson ao governo, já aderiu a reeleição de Galindo, e vem, vem, vem que vem junto, em 2012, doido para arrebentar a porta de um gabinete na Câmara dos Vereadores.

Chico Galindo, por suas conquistas e jeito de ser, representa a própria figura do famoso come quieto.

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