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terça-feira, 9 de novembro de 2010

As mudanças e permanências no secretariado de Silval Barbosa!
Abicalil na Seduc; 5 são mantidos no staff

Romilson Dourado (RDNews)

O deputado federal Carlos Abicalil, derrotado ao Senado, deverá assumir a secretaria de Estado de Educação, caso não seja contemplado com algum cargo no governo Dilma Rousseff. Ele já recebeu convite antecipado do governador reeleito Silval Barbosa. Na conversa, o peemedebista observou que o aliado petista terá espaço no primeiro escalão para, se assim entender, conduzir a maior das 23 pastas tanto em fatia orçamentária quanto em número de servidores.

Com um orçamento de R$ 1,3 bilhão previsto para o próximo ano, 20,3% a mais se comparado ao R$ 1,1 bilhão deste exercício de 2010, a Educação já está sob PT e é controlada pelo grupo de Abicalil desde 2007, ainda na gestão Blairo Maggi. Assim que saiu da oposição e pulou para a base governista, o partido indicou o então deputado estadual e hoje federal eleito Ságuas Moraes para comandar a secretaria. Ficou no posto até março deste ano. Saiu para concorrer às eleições. O mesmo grupo, batizado de Unidade na Luta (ex-Campo Majoritário), emplacou no cargo Rosa Neide Sandes de Almeida, graças a uma articulação liderada pelo próprio Abicalil.

Em princípio, a Educação ficaria com o deputado estadual eleito Ezequiel da Fonseca, que atuou por alguns meses como adjunto da pasta no período em que o secretário era Luiz Pagot. O problema é que o próprio Ezequiel não demonstra interesse. Quer exercer o mandato na Assembleia. Seu nome à Seduc foi apresentado ao governador pela cúpula do PP, que decidiu, então, recuar.

Como é um parlamentar influente da bancada petista, bem articulado e muito próximo do governo do presidente Lula, existe expectativa do próprio Abicalil de vir a ser convidado pelo Palácio do Planalto para integrar a equipe da presidente eleita. Ex-sindicalista e deputado de segundo mandato, Abicalil está no aguardo de um posicionamento oficial. Por causa disso, pediu trégua ao governador até o final de dezembro. Se não for prestigiado por Dilma, fará parte da administração peemedebista em Mato Grosso.

Mudanças

Enquanto isso, Silval começa a montar o quebra-cabeça da nova equipe, com estudos para ampliar ou fundir secretarias e órgãos, e definir nomes com base em critérios técnicos e composição política. O blog apurou que, por enquanto, somente cinco nomes estão assegurados para continuar no staff, sendo eles de Eder de Moraes (Casa Civil), Edmilson dos Santos (Fazenda), Roseli Barbosa (Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social), Diógenes Curado (Justiça e Segurança Pública) e o jornalista Osmar de Carvalho, que reassumirá a pasta da Comunicação Social. Mesmo que faça mudanças na estrutura do primeiro escalão, como dividir a Sejusp em duas, sendo a pasta de Justiça e a de Segurança Pública, Curado continuará em uma delas.

Cada secretário ganha R$ 13 mil mensais. São 23 pastas. A tendência é da estrutura ser ampliada. Estuda-se, por exemplo, a criação da secretaria de Agricultura Familiar, a ser desmembrada do Desenvolvimento Rural. Já está definida que o governador criará a pasta da Cidades, que terá boa estrutura e visibilidade porque vai receber os 30% de receitas sobre a área de habitação dentro do Fethab, além de ficar com o MT Regional e os setores de saneamento , regularização e infraestrutura urbana.

Eis, abaixo, o que o governador reeleito está avaliando sobre algumas secretarias e as possibilidades de comando

* Infraestrutura - O secretário Arnaldo Alves de Souza deve voltar para o Planejamento, onde começou no governo Maggi como adjunto e depois veio assumir a titularidade com a saída de Yênes Magalhães para a Agecopa. Em seguida, foi remanejado para a Sinfra em lugar de Vilceu Marchetti, que caiu com o escândalo do superfaturamento na compra de maquinário.

* Planejamento e Coordenação Geral - José Gonçalves Botelho deve sair do staff. Ele já está aposentado como auditor do Estado. Arnaldo deve voltar a conduzir a pasta.

* Desenvolvimento Rural - Há estudo para desmembrar a pasta em Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, que hoje tem estrutura de adjunta. Nesse caso, o secretário Jilson Francisco da Silva ficaria com Agricultura Familiar. Já para o Desenvolvimento Rural o nome mais cotado é do suplente de deputado federal Neri Geller, sob indicação do PP.

* Educação - Rosa Neide deve sair. A indicação continuará sob o PT e a tendência é do futuro secretário ser o deputado Carlos Abicalil

* Meio Ambiente - O coronel Alexander Maia se articula para continuar no staff, inclusive pediu "socorro" para isso ao governador Blairo Maggi. Mesmo assim, os rumores são de que ele deve ser exonerado para permitir ao Paiaguás abrir espaço na secretaria com vistas a composições políticas.

* Saúde - Augusto Carlos do Amaral deve voltar a conduzir o MT Saúde. Para a secretaria há três nomes em debate no Paiaguás. Um deles é do deputado federal Pedro Henry, que teve mais de 80 mil votos suficientes para garantir novo mandato, mas, como foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa, está impedido de assumir o cargo. Luta na Justiça para reverter a situação. Se não continuar deputado, a tendência é que vire secretário de Saúde. O governador recebeu pleitos também para nomear à pasta a médica Jaqueline Guimarães (PHS), ex-secretária de Saúde de Várzea Grande e derrotada à deputada federal ou o seu marido, médico e deputado estadual reeleito Wallace Guimarães, que trocou o DEM pelo PMDB.

* Procuradoria-Geral - Dorgival Veras de Carvalho tende a ser substituído por João Virgílio que, mesmo afastado do staff ainda na gestão Maggi por causa de problema de saúde de um dos filhos, continua exercendo forte influência na PGE.

* Desenvolvimento do Turismo - Vanice Marques será substituída. O governo quer abrir espaço para novas composições. Ela é irmã do deputado reeleito Airton Português, do PP e que indicou outros cargos na estrutura da máquina. Há possibilidade de Pedro Nadaf reassumir a pasta.

* Indústria, Comércio, Minas e Energia - Pedro Nadaf continuará no primeiro escalão. Há dúvida é se permanece na atual secretaria ou se volta para o Desenvolvimento do Turismo, onde atuou por um bom período no governo Blairo Maggi.

* Cultura - Oscemário Daltro deve "cair". Ele é indicação do deputado estadual reeleito João Magalhães, que tem outros apadrinhados em cargos importantes no governo, como Justino Paes de Barros na Companhia de Mineração (Metamat). A Cultura entrará para a cota das composições políticas.

* Esportes e Lazer - O radialista Laércio de Arruda também sairá. Um dos nomes com possibilidades de vir a comandar a pasta é de Leandro Soares (PP), filho do ex-deputado e conselheiro do TCE Alencar Soares. Leandro concorreu a deputado e ficou na sexta suplência.

* Cidades - Trata-se de uma nova secretaria, a ser criada no início de 2011. Um dos que fazem lobby para vir a comandá-la é o deputado e empresário Adalto de Freitas, o Daltinho (PMDB), derrotado à reeleição. A Cidades terá boa estrutura. Receberá atribuição, por exemplo, de conduzir o MT Regional e projetos junto aos municípios sobre saneamento, habitação, infraestrutura e regularização urbana.

* Fazenda - Edmilson dos Santos continua como "intocável". O governador gostou do seu perfil técnico e atuação discreta. Ele começou no governo Maggi como adjunto e depois passou a conduzir a pasta que cuida do caixa do Estado.

* Casa Civil - Eder de Moraes está confirmado na pasta. Ele até tentou voltar à Fazenda, mas enfrenta resistência do empresariado e o governador já disse "não" ao pleito.

* Comunicação - Onofre Ribeiro, que hoje responde pela Secom, vai exercer outro cargo. Osmar de Carvalho volta a comandar a pasta até a próxima semana. O governo estuda mudanças na forma de conduzí-la, mas pretende manter as duas secretarias-adjuntas, a de Comunicação e a de Propaganda e Marketing.

* Justiça e Segurança Pública - O governador encomendou um estudo para avaliar a possibilidade de separar a Justiça da Segurança Pública, criando duas pastas. Se perceber que isso aumentará muito as despesas, desistirá da ideia. De todo modo, o delegado federal licenciado Diógenes Curado está confirmado na pasta. Caso seja criado a secretaria de Justiça, de início, entrariam três nomes como opções de comando, sendo eles o do desembargador aposentado Paulo Lessa, o do adjunto da Sejusp Alexandre Bustamente e do ex-secretário-chefe da Casa Civil e de Comunicação, major PM Eumar Novacki, que atua hoje como assessor especial da Casa Civil.

* Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social - Continua sob a primeira-dama Roseli Barbosa, inclusive com orçamento 39,8% maior para 2011. Serão R$ 8,4 milhões.

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