O acordão "costurado" por Wilson Santos com seu adversário político Mauro Mendes (PSB) para, em caso de segundo turno, ambos se unirem e ainda estender a aliança para a disputa a Prefeitura de Cuiabá em 2012, acabou por deflagrar uma nova crise na coligação Senador Jonas Pinheiro, composta de 8 partidos (PSDB, DEM, PTB, PSL, PSDC, PRTB, PT do B e PMN). A maior revolta vem das bancadas do DEM e PSDB. Alguns deputados das duas legendas estão usando o acordão como pretexto para apoiar o projeto de reeleição do governador Silval Barbosa (PMDB). A decisão isolada de Wilson acaba de enterrar sua candidatura. O cacique do DEM Jayme Campos, mesmo participando das negociações, agora se esquiva.
Nesta quinta, assim que souberam das negociações, deputados e candidatos do grupo, como os tucanos Guilherme Maluf e Carlos Avalone e os democratas Gilmar Fabris e José Domingos fizeram reuniões separadas para discutir o assunto. Criticaram Wilson por tomar decisão isolada. Observaram que o ex-prefeito de Cuiabá não consultou ninguém do partido e nem da coligação e que, agindo dessa forma, só estaria pensando na sobrevivência política de si próprio.
O senador Jayme Campos também foi alvo de críticas. Os deputados do partido disseram que cada vez mais o ex-governador se mostra impotente politicamente para conter a crise na aliança e que foi responsável, na condição de coordenador-geral da campanha de Wilson, de conduzir o bloco para os braços de Mendes. Para piorar, Jayme perdeu o controle das lideranças do partido, principalmente de prefeitos. Desde o início do ano, quando tucanos e democratas, nas figuras de Wilson e Jayme, até então inimigos históricos, resolveram fechar coligação, vem enfrentando divergências. Todos entenderam que, em verdade, Jayme, ao recorrer ao critério de pesquisas para definição de candidatura da oposição, acabou por transferir ao tucano a "bomba da candidatura". É que as oposições não se prepararam para isso, tanto que Wilson, que era o líder nas pesquisas na corrida à sucessão estadual, despencou de tal modo que amarga hoje a terceira colocação, atrás de Mendes e do líder Silval.
O único deputado do PSDB, médico e empresário Guilherme Maluf, por exemplo, já está pedindo voto para Silval. No DEM, o deputado Gilmar Fabris faz igual. Influenciados pela máquina estadual, mas também motivados por descontentamento com o grupo, quase todos prefeitos tucanos e democratas não apoiam a chapa Wilson-Dilceu Dal Bosco. Pularam para o barco do peemedebista Silval, que, embora esteja sendo bombardeado de críticas, ataques e denúncias, alimenta expectativa de ganhar no primeiro turno, principalmente por capitalizar em cima das falhas dos adversários. (Fonte: Romilson Dourado - RDNews)
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