Riva diz que chefe do MPF "está apaixonado" por Taques
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Segundo ele, o procurador-geral da República "age como cabo eleitoral do candidato do PDT
Candidato a governador, José Riva (PSD) afirmou, nesta quarta-feira (27), que a recomendação do Ministério Público Federal (MPF) contra o deferimento de sua candidatura, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), seria tendenciosa.
Segundo ele, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, "age como cabo eleitoral do candidato a governador Pedro Taques (PDT)" - e deixa claro que existe ligação entre ambos, já que Taques é ex-procurador da República em Mato Grosso.
"A manifestação do Rodrigo Janot é a de um cabo eleitoral. Para mim, é um parecer apaixonado, de quem está apaixonado por uma candidatura. E ele está completamente apaixonado pelo Pedro Taques" Riva disse que "é nítida" a intenção de Janot em fazer campanha para o colega, o que o tornaria, automaticamente, suspeito em dar pareceres nos processos que aguardam julgamento em Brasília.
O parecer foi assinado por Janot na segunda-feira (25) e foi remetido ao relator do processo, o ministro João Otávio Noronha.
No documento, Janot fez sua justificativa com base em acórdão da 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, em que Riva e o então presidente da Assembleia Legislativa, Humberto Bosaipo, teriam desviado dinheiro público.
Em meados de julho deste ano, o procurador-geral esteve em Cuiabá e comentou sobre a possível inelegibilidade de Riva, que responde a processos por improbidade administrativa.
Na oportunidade, Riva chegou a afirmar que iria pedir a suspeição de Janot.
O advogado Rodrigo Mudrovistch, que representa a defesa de Riva, considerou o parecer de Janot “emotivo”.
"O parecer foi opinativo e emotivo. Não cabe ao procurador fazer juízo de moralidade e sim de 'juridicidade'. Juízo de moralidade cada um faz o seu. O juízo que se espera é defesa da legislação e da Constituição Federal".
Para Mudrovistch, baseando-se na Constituição, Riva terá decisão favorável no TSE.
"O parecer foi opinativo e emotivo. Não cabe ao procurador fazer juízo de moralidade e sim de 'juridicidade'"
"Eu acho que ele [Janot] está pulando um pouco os limites constitucionais. Um procurador não tem que se manifestar nos autos. Quanto a isso, nós estamos tranquilos" (MIDIANEWS)
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