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sábado, 9 de janeiro de 2021

 ENVOLVIDO EM ROUBALHEIRAS DE DINHEIRO PÚBLICO, DEPUTADO MILIONÁRIO SE ESPERNEIA ANTE NOVAS  ACUSAÇÕES




No processo movido na Justiça Eleitoral, o ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB), afirmou  que o  
deputado estadual de Mato Grosso, Ondanir Bortolini, o “Nininho” (PSD) está utilizando sua influência para conseguir obras milionárias do governo Mauro Mendes para suas empresas, tocadas por filhos. Leitão relatou o  esquema ao Procurador Regional Eleitoral, Erich Raphael Masson, que determinou a instauração de uma notícia de fato (investigação preliminar) para apurar o caso no dia 29 de outubro de 2020. 

Em defesa,  Nininho declarou a jornalistas na sexta-feira (8) que o ex-deputado federal, candidato ao Senado na eleição suplementar em Mato Grosso no ano de 2020, não se “conformou” com duas derrotas seguidas em disputa ao cargo – em 2018, e no ano passado, quando ficou em terceiro lugar. O pleito foi vencido por Carlos Fávaro (PSD), que teria se beneficiado de recursos financeiros, e de influência política de milionários como  o deputado Ondanir e  o "rei da soja" Eraí Maggi, além do governador Mauro Mendes (DEM), aliado ferrenho de Fávaro na disputa.

 De acordo com a notícia-crime de Nilson Leitão, forças políticas e econômicas de Mato Grosso se formaram em torno de Carlos Fávaro para viabilizar sua vitória ao Senado em 2020. Ele obteve 371.857 votos. “De acordo com o que foi relatado pelo candidato, o Governador do Estado de Mato Grosso, Mauro Mendes, está fazendo uso de influência política e econômica (destinação de recursos, obras etc.) sobre prefeitos do interior em troca de apoio ao candidato do Senado Carlos Henrique Baqueta Fávaro [...] Além disso, declarou que o deputado Ondanir Bortolini, o Nininho, e Eraí Maggi têm financiado campanhas, com muito dinheiro, e auxiliado na compra de apoio”, diz trecho da notícia-crime.

SUJO - No início de dezembro de 2020, Nininho foi alvo da operação “Chapéu de Palha”, que cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos deputados estaduais, além de outros suspeitos. As diligências foram deflagradas pela Polícia Federal (PF), que apura um suposto esquema de pagamentos de propinas a servidores e gestores públicos, além de empresários, para direcionar licitações.

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