Contador de visitas

domingo, 17 de abril de 2011

Sem querer QUERENDO o jornalista Eduardo Gomes (MTAQUI) se torna testemunha ocular de ROUBALHEIRA desencadeada por Chico Galindo em Cuiabá, ou de uma das "FÓRMULAS" usadas para EMBOLSAR MILHÕES com justificativas "legais" e sem LEVANTAR SUSPEITAS... Revoltado, o profissional da imprensa pede ação do MPE e até Polícia Federal no encalço do trambique eTRAMBIQEIROS!
=========================

De gol contra

Multiação é o rótulo político e promocional do convênio de R$ 40 milhões da Prefeitura de Cuiabá com o governo estadual para a realização de tapa-buracos, recapeamento de ruas, limpeza de córregos e outras ações administrativas que se fossem empreendidas regularmente jogariam por terra a necessidade dessa parceria que resulta numa facada de R$ 20 milhões dos cofres do Palácio Paiaguás e de igual valor no quase em ruínas prédio central da administração cuiabana.

Inegavelmente o convênio chegou em boa hora e sua viabilização se deve a sensibilidade política do governador Silval Barbosa. Silval reconheceu que a prefeitura contemplada atravessa turbulento período administrativo e também em nome dos preparativos para a Copa do Pantanal, botou o chamegão no papel.

Entendo que o convênio se justifica face aos contratempos no Alencastro. Defendo a reforma tributária por maior participação dos municípios no bolo da arrecadação. Mesmo assim boto o pé atrás em relação aplicação dos R$ 40 milhões e, por isso, tomo a liberdade de sugerir fiscalização integrada e em tempo real nas obras em curso sob responsabilidade do prefeito Chico Galindo em muitos pontos de Cuiabá.

Em meados da semana que terminou, cruzei a Avenida Mário Palma e seu prolongamento nas imediações do Centro de Eventos do Pantanal, no Ribeirão do Lipa. Naquele trecho deparei-me com um tapa-buracos da pior qualidade possível e que chega até a ser ofensivo a Cuiabá. Imaginei que se tratasse de caso isolado, que não resistiria a olhar superficial da fiscalização municipal encarregada pela obra. Mesmo assim, resolvi percorrer outras ruas. O que vi por onde andei é fotocópia autenticada do tapa-buracos ofensivo.

Tomando por base fatos correlatos em Cuiabá e outros municípios, gostaria que uma força-tarefa formada pelo Ministério Público, Tribunal de Contas, Assembleia e Câmara monitorasse as obras em curso. Essa sugestão pode parecer petulante e até mesmo ser onerosa aos cofres públicos, mas é imprescindível para impedir que uma montanha de dinheiro público seja usada na tentativa de devolver trafegabilidade a trechos de ruas ora comprometidos, sem que se alcance essa meta em razão da má qualidade do serviço.

Espero que os recursos alcancem os objetivos formais da parceria Estado e município, porém não os quero escoando pelo ralo. Desejo o melhor para Cuiabá, mas não me deixo levar pela justiticativa que o convênio prepara Cuiabá para 2014. O verdadeiro exercício da cidadania é não permitir que em nome da Copa do Pantanal a prefeitura marque gol contra.

Eduardo Gomes de Andrade

Nenhum comentário:

Postar um comentário