Empresária vai a Juri Popular por assassinatos em disputa de terras em MT
Hebert Almeida
Redação 24 Horas News
A empresária Mônica Marchett Charafeddine, acusada de ter participação no mando do assassinato de dois irmãos da mesma família por uma disputa de terras na cidade de Rondonópolis, vai a Juri Popular. Ela teve proferida sentença de pronúncia pela Justiça local. O crime aconteceu há 11 anos e contaria com o envolvimento dos pistoleiros Hércules de Araújo Agostinho e Célio Alves de Souza, contratados para a execução do crime. Hercules e Célio acumulam penas por atividades de pistolagem a mando do bicheiro João Arcanjo Ribeiro, preso sob acusação de liderar o crime organizado em Mato Grosso.
O Ministério Público usou como indícios para requerer a sentença de pronúncia da ré o fato de que havia entre as vítimas e a família da acusada uma demanda judicial onde se disputava uma área de terra. Outro fato apontado foi de que após a primeira morte Célio e Hércules estiveram em frente ao escritório da Sementes Mônica, local onde a acusada os teria recebido em sua sala para que Célio pegasse os documentos de um Gol que seria dado em pagamento pelos crimes cometidos. O carro era de propriedade de uma das empresas de Mônica. A grafia imposta no Certificado de Registro de Licenciamento de Veículo (CRLV), com exceção dos campos local, data e assinatura convergiam com padrão gráfico fornecido por Mônica Marchett.
Hercules e Célio foram contratados, segundo a denuncia, por Sérgio João Marchett, pai da empresária, para matar os irmãos Brandão Araújo filho e José Carlos Machado Araújo, fato que aconteceu, respectivamente, nos dias 10.08.1999 e 28.12.2000. Apontam as provas que o acusado Sérgio João Marchett, incomodado com a demanda judicial, insistia, através de seu advogado e também denunciado Ildo Roque Guareschi, para que os irmãos cedessem e finalizassem o litígio com um acordo. Certos de seus direitos, as vítimas recusaram-se a transacionar, fato que descontentou não só o acusado Sérgio João Marchett, como também seu advogado,Ildo Roque Guareschi.
Toda a trama foi descoberta através da confissão do executor Hercules de Araújo Agostinho, o famoso ‘Cabo Hercules’, que foi enfático ao relatar ter sido contratado pelos Marchett para matar os três irmãos, Brandão Araújo Filho, José Carlos Machado e um terceiro, sendo que este último, por ser portador de deficiência física, Hércules se recusou a executar o serviço, tendo a empreita sido consolidada em desfavor de Brandão e José Carlos, conhecido por ‘Zezeca’. Hércules ainda confessou que seu comparsa Célio, recebeu como parte do pagamento pelo ‘trabalho’ executado, após o assassinato de Brandão, um automóvel Gol, das próprias mãos de Mônica Marchett, que assinou o recibo de transferência do veículo.
O juiz ao analisar todas as provas colhidas nos autos, concluiu e pronunciou Mônica Marchett como incursa crime de homicídio triplamente qualificado, bem como formação de quadrilha determinando assim que os autos sejam submetidos à apreciação e julgamento pelo soberano conselho de sentença.
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