Traido por amigos, abandonado por aliados, sofrendo forte campanha por rejeição nos bairros cuiabanos, Wilson Santos pode amargar nova derrota em Outubro


 Ely Santantonio


 Uma pena para Cuiabá... Dos candidatos postados para a próxima eleição a prefeito da Capital, sem dúvidas, o deputado e ex-prefeito Wilson Santos (PSDB), é o mais experiente, arrojado e comprometido  com causas populares. Sem qualquer menosprezo aos demais, também qualificados para o exercício de tal impórtante função pública, Santos seria, inegavelmente, um grande administrador, não apenas pela capacidade de resolver problemas, de edificar obras marcantes como a Avenida das Torres,  ETA Tijucal e até mesmo o Rodoanel, que hoje estaria concluído, entregue à população antes do término do seu segundo mandato, caso não tivesse cometido o erro de sair candidato a governador em 2010, deixando a Prefeitura de Cuiabá nas garras do espertíssimo e "gatuníssimo" Chico Galindo, que não somente "rapinou" os cofres cuiabanos como vendeu a Sanecap por uma fortuna para o grupo que comanda a CAB. O resultado todos conhecem, todos sabem. Wilson perdeu a eleição, nem chegando ao segundo turno, derrotado por Mauro Mendes e Silval Barbosa, Galindo saiu da Prefeitura ainda mais rico do que quando entrou. Wilson amargou anos de ostracismo, foi viver fora do País, voltou, teve a humildade de reconhecer os próprios erros e voltou a vencer em 2014, retornando a Assembleia de Mato Grosso, onde se consagrou no passado como o temível "galinho de Briga".

TRAÍDO, SCANEADO, ABANDONADO


A COISA TÁ FEIA NOS COMITÊS DE WILSON

 Esta é a primeira de uma série de matérias que retratarão  a real possibilidade do candidato Wilson Santos nem chegar ao segundo turno das próximas eleições, vítima de uma conjunção de série de contratempos, empecilhos, traições e sacanagens por parte de amigos, correligionários, candidatos a vereador, caciques do PSB, PSDB e outros "traquinocanalhas" supostamente engajados na sua campanha, que não decola, não tem como  frear  e voltar à cabeceira da pista, e pode se arrebentar barranqueira abaixo antes mesmo do badalar dos primeiros sinos em 3 de outubro próximo.

Sem dinheiro até mesmo  para comprar cafezinho  destinado aos poucos "cabos", leais amigos e eleitores do passado que ainda acreditam numa reviravolta e possível ida de Wilson para o segundo turno, os raros comitês já abertos não dispôem  do essencial para alavancar qualquer campanha, ou seja, carros e gasolina para levar as propostas de Wilson aos bairros.

Enquanto candidatos como Emanoel Pinheiro, Serys e  até  mesmo Julier, nadam de braçadas nos núcleos cuiabanos, seja através de veículos das próprias candidaturas, dispostos com potentes aparelhagens de som, ou de candidatos a vereador leais aos titulares das chapas, Wilson ainda patina para dar os primeiros passos na aparente armadilha em que se meteu, o "em que o meteram sem piedade", como faz questão de expressar um dos seus pricipais assessores de campanha.

DOIS EXEMPLOS ESCANDALOSOS DE BRUTAL ABANDONO
Adilson Levante 

Misael Galvão 

Neste primeiro momento voou citar dois exemplos de traição e abandono. Nas próximas matérias darei outros nomes, como é de costume fazê-lo nos meus artigos, onde costumo matar a cobra e mostrar o pau. O primeiro envolve um candidato a vereador riquíssimo, com mais de 100 carros alardeando seu nome em toda a Grande Cuiabá, envolvendo bairros como Osmar Cabral, Jardim Imperial, Fortaleza, Industriário, Tijucal, Pedra 90, Residêncial Coxipó, São João Del Rei, entre outros. Calcula-se que o mesmo candidato tenha em torno de 2,000 (dois mil) cabos eleitorais cadastrados (Caixa II na cabeça!) nos diferentes bairros da Capital, agindo diuturnamente nos milhares de lares cuiabanos, levando as proposituras e mensagens otimistas do candidato ADILSON LEVANTE (PSB), mas sem tocar uma linha sequer no nome do titular da chapa, Wilson Santos, 45.

A informação que se tem é de que os candidatos mais bem cotados da coligação que apoia Wilson Santos para prefeito, seja individualmente ou por decisão colegiada ("colégio" dos "já eleitos") é a de não misturar suas candidaturas com a do ex-prefeito, que hoje sofre nos bairros  uma das piores e mais fortes campanhas patrocinadas por adversários contra a aceitação do seu nome para novamente governar Cuiabá. Semelhante a ela, só na época da candidatura do ex-governador José Garcia Neto ao Senado Federal, em 1978, quando seu rosto associado ao corpo de um rato (o famoso "Dom Ratão"), passou a circular em panfletos clandestinos e até jornal de circulação diária, como o lendário  Correio da Imprensa , do saudoso J. Maia. 

Não se sabe os autores, distribuidores, patrocinadores ou  quais candidatos estão por trás do lance, mas panfletos associando Wilson como chefe de  uma quadrilha de ratazanas, com destaque também para o rosto irônico de Chico Galindo e o jovem semblante do ex-secretário de Educação do Estado, Permínio Pinto, preso pelo GAECO,  já estão circulando em bairros populosos como CPA, Pedra 90 e Jardim Vitória. Além das ilustrações, os dizeres: "ROUBARAM NA PREFEITURA, NO ESTADO... VENENO E CHUMBO NELES!"

Só para concluir este primeiro artigo (de uma série de outros reveladores!), ainda na firmeza de  "matar a cobra e mostrar o pau", outro candidato que dispõe de muita grana e praticamente quase que mesma infraestrutura do Adilson Levante, é o postulante  MISAEL GALVÃO (PSB), que domina as regiões do Porto, CPA, Dr. Fábio, Altos da Serra, entre muitos bairros da Capital. Se depender dele, até 3 de otubro, ninguém ficará sabendo da candidatura de Wilson em Cuiabá. 

DETALHE CURIOSO: 

Ambos candidatos pertencem à sigla do prefeito Mauro Mendes, que, embora tenha participado de uma reunião de apoio ao PSDB,  de apoio à candidatura Wilson,  fez questão de falar, de discursar, sem a presença do candidato no palanque. Nem um abraço, nem um aperto de mão, nadica de nada que possa garantir que seja "de coração" seu apoio ao candidato tucano que, de concreto, só tem até agora a cara redonda do governador Pedro Taques  avaliando o nome Wilson Santos como seu candidato, do seu partido, o PSDB, como "o melhor para Cuiabá". Dinheiro que bom mesmo, nada... São assuntos que abordaremos com maiores detalhes em próximos capítulos! E pelo jeito, se Santos não rebolar, penhorar bens que tem para bancar a própria candidatura, é desde já um forte candidato a embarcar com toda sua  já minguada "entourage" no famoso "BATEAU MOUCHE" dos radialistas Jorginho Moussa e William Gomes, que entre os dias 3 e 4 de outubro, após as eleições, desce o rio Cuiabá rumo a cidade do Ostracismo, levando os candidatos derrotados.