MAR DE LAMA, MUITO DINHEIRO ROUBADO, CORRUPÇÃO ESCANCARADA COM COBRANÇA DE ATÉ 30% DE PROPINAS NO GOVERNO MAURO MENDES
Em uma clara tentativa de censura à imprensa, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) solicitou à Polícia Judiciária Civil abertura de investigação criminal para fins de apurar a veiculação de reportagem publicada pelo Centro Oeste Popular dando conta de possível extorsão a empresários no Estado. O pedido para providências da PGE partiu da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra).
Na justificativa, a Procuradoria cita que a apuração seria para fins de se garantir a lisura e idoneidade da Administração Pública e se dar uma resposta à altura para a população, “sobretudo ao se perceber a ausência de qualquer indício no sentido veículo pela mídia, especialmente no âmbito da SINFRA, podendo-se ouvir construtoras ou mesmo o(a) jornalista responsável pelo sítio eletrônico -, seja da conduta próxima à calúnia ou difamação dos Secretários e Secretários Adjuntos do Estado de Mato Grosso”, cita trecho da ação.
Conforme a reportagem veiculada pelo CO Popular, a equipe de jornalistas investigativos estaria apurando a veracidade de graves denúncias que chegaram à redação, que apontam para uma importante Secretaria de Estado (No caso a SINFRA) onde pode estar funcionando um verdadeiro escritório de extorsão, ou seja, deixa claro que estaria em fase de levantamento de informações, para saber se os fatos realmente correspondem à realidade.
A denúncia que chegou à redação do CO Popular que apontaria para a prática da cobrança de propina de até 30% de construtoras que teriam contrato com o Estado, dando conta ainda que a alta cúpula de uma importante Secretaria estaria assediando esses empresários, que só conseguiriam receber caso repassassem os valores aos responsáveis pela Pasta.
PRISÃO DE SECRETÁRIO ADJUNTO DESENCADEOU DESCOBERTAS SINISTRAS
A reportagem deixa claro ainda que as denúncias chegaram à redação após a prisão do secretário-adjunto de Administração Sistêmica da Casa Civil do Governo de Mato Grosso, Wanderson de Jesus Nogueira, por suspeita de corrupção passiva.
No próprio pedido de abertura de investigação feito pela Procuradoria Geral do Estado é citado que na reportagem não é citada nenhuma Secretaria em específico, sendo que parece que a Sinfra “vestiu a carapuça”, como se diz popularmente, já antevendo ser ela a Pasta citada na denúncia que o departamento de jornalismo do CO Popular ainda apura.
“Embora não mencione qual seria a suposta Secretaria de Estado envolvida, a SINFRA pede a apuração tanto do fato supostamente denunciado na mídia quanto de eventual infração penal do responsável pelo referido veículo de imprensa - isto porque, ao colocar todas as Secretarias sob suspeita, joga todos os Secretários e Secretários Adjuntos na vala da improbidade aos olhos da sociedade”, cita a ação.
“A intenção de esclarecimento se deve, mais ainda, no presente caso, pela SINFRA, porque, primeiro, sabidamente é a Secretaria de Estado com maior volume financeiro de investimentos e com maior relacionamento com “construtoras”; e, segundo, a reportagem discorre ser “prática comum” a cobrança de propina e, para amparar tal afirmativa, enumera fatos passados, da época do ex-governador Silval Barbosa, preponderantemente ocorridos justamente na SINFRA e envolvendo construtoras. Em assim sendo, a ilação midiática não pode passar despercebida da Polícia Judiciária Civil, instaurando-se os procedimentos cabíveis”, completa.
Vale destacar que a delação do ex-governador Silval Barbosa já foi amplamente divulgada pela imprensa, sendo de conhecimento geral a prática comum dos casos de corrupção, onde citou o nome de 91 empresas que teriam algum tipo de envolvimento com os esquemas realizados pela organização criminosa que liderou nos anos em que esteve no comando do Palácio Paiaguás.
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