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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

INVESTIGAÇÃO PODE DETONAR CARREIRAS POLÍTICAS DE SILVAL BARBOSA E MAURO MENDES
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Wanderley da Trimec, empresário multimilionário, é apontado como “homem sombra” (TESTA DE FERRO) no Estado e Prefeitura 
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CPI da Trimec pode revelar elo empresarial do governador Silval Barbosa e prefeito Mauro Mendes com dono de empreiteira
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Irmão do governador age na panumbra garantindo êxito nas negociatas de Silval


O empresário e governador de Mato Grosso Silval Barbosa, o empresário Wanderley da Trimec e o empresário e prefeito de Cuiabá Mauro Mendes: ligações perigosas
O empresário e governador de Mato Grosso Silval Barbosa, o empresário Wanderley da Trimec e o empresário e prefeito de Cuiabá Mauro Mendes: ligações perigosas
Não é de hoje que o Cacetão Cuiabano e o impresso Diário do Povo vem denunciando a existência de uma poderosíssima MÁFIA que tem assaltado os cofres estaduais e municipais com violenta voracidade, sem qualquer punição. Empresas de fachada, outras legalizadas, ligadas às áreas de mineração, construção civil, atacadistas de alimentos, rede de distribuidoras de combustíveis e informática, entre outras, tem sido usadas para "arrecadar e lavar a grana". Tudo sem qualquer fiscalização ou entrave punitivo. Quando algum trambique é descoberto e se torna  público, os "bagrinhos" são colocados na raia, farsamente punidos na sequência, mas logo liberados e com farta "indenização" por manterem "bocas fechadas". Esse tem sido o panorama até o momento. Mas as coisas podem empretecer para dois dos principais homens públicos de Mato Grosso... O empresário Wanderley Fachetti Torres, um dos sócios da empreiteira Trimec se transformou no grande personagem no final de semana nas reportagens sobre os bastidores da política em Mato Grosso. Conhecido mais simplesmente como Wanderley da Trimec, o empresário,  deve ser o grande alvo de Comissão Parlamentar de Inquérito a ser instalada na Assembleia de Mato Grosso para investigar possíveis irregularidades em obras contratadas pela administração estadual. Wanderley teria muita proximidade com Antonio Barbosa, o “Toninho Barbosa”, irmão do governador Silval Barbosa que, mesmo sem cargos no Governo do Estado, exerceria forte influência sobre a administração do irmão. A CPI pode vir a investigar a possibilidade de Wanderley ser sócio oculto na Silval e de Toninho. Quanto à sociedade com Mauro Mendes já é de conhecimento público.  Wanderley da Trimec seria “o novo dono de Mato Grosso” e já teria faturado, em 60 meses, quantia superior a 200 milhões de reais em obras de manutenção de estrada. A CPI da Trimec, que deve ser instaurada na Assembleia Legislativa, pode revelar ligações empresariais do prefeito Mauro Mendes (PSB) e do governador Silval Barbosa (PMDB) com os empresários Wanderley Torres, dono da Trimec, e Valdinei de Souza, que oficialmente aparece como sócio do prefeito socialista em negócios de exploração mineral. O requerimento para propositura da investigação já dispõe de nove assinaturas e pode ganhar o aval de mais quatro parlamentares. Para a criação são necessárias apenas oito assinaturas, o que representa um terço do total de 24 deputados. 

Relatos de funcionários e ex-funcionários das mineradoras Maney Casa de Pedra, Maney do Pará e Fazenda Juricaba relatam, por exemplo, a utilização constante de máquinas pesadas da Trimec Construções Terraplanagem dentro das plantas de garimpo do grupo empresarial liderado por Mauro Mendes e Valdinei de Souza. Tudo isso deve ser apurado. Funcionários também já relataram a alguns parlamentares a presença do empresário Antônio Barbosa, o “Toninho Barbosa”, irmão do governador Silval Barbosa, nas dependências da Mineração Casa de Pedra e da Fazenda Juricaba, localizadas no distrito do Coxipó do Ouro e em Várzea Grande, respectivamente. Há relatos, inclusive, de que Toninho exerceria poder de comando sob alguns funcionários do empreendimento. Silval e Mauro, segundo relatos já colhidos por técnicos da Assembleia Legislativa, também teriam, juntos, participado da transação comercial de venda de 50% da Maney Casa de Pedra a uma empresa de São Paulo. Essa transação comercial está na mira do Tribunal Regional do Trabalho, que pode anular o leilão judicial da Minérios Salomão, empresa que detinha a exploração da área. Um juiz do TRT já foi afastado das funções e responde a um processo disciplinar. Ele é acusado de receber propina no valor de R$ 185 mil para liberação de um alvará em um processo referente ao leilão. Curiosamente, foi na Fazenda Juricaba, em Várzea Grande, que os empresários Valdinei Souza e Wanderley Torres, juntos, foram vítimas de um suposto atentado a bala, após um assalto a mão armada. As investigações apontaram para o empresário Filadelfo dos Reis, dirigente de empresas do setor da mineração, como um dos mandantes. Mas, o Tribunal de Justiça trancou a ação contra o empresário por inexistir qualquer indício de autoria para justificar a ação penal. A defesa alega que Filaldefo foi vítima de uma trama armada pelos empresários Valdinei de Souza e Wanderley Torres, que, para os advogados, também contou com a participação de pelo menos um delegado da Polícia Civil e membros do Ministério Público Estadual (MPE), para incriminá-lo. O governador, no passado, já atuou como empresário do ramo da mineração. Antes de entrar na política, a família do peemedebista se dedicou à extração de ouro na região de Matupá, no norte do Estado.

Mas, o que deve dar a tônica da CPI devem ser mesmo os contratos milionários firmados pelo governo estadual com a empreiteira de Wanderley Torres. Um dos primeiros contratos que devem ser investigados é o de manutenção de rodovias. Só em 2012 e 2013, por exemplo, o governo celebrou duas prorrogações de contratos no valor de R$ 52 milhões para serviços de manutenção e conservação da malha viária de rodovias estaduais. Durante os dois anos consecutivos, a Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana prorrogou duas vezes um contrato, ambos no valor de R$ R$ 26,3 milhões, pelo período de 12 meses de serviços prestados. As prorrogações se referem ao Instrumento Contratual n° 031/2011/00/00-SETPU, que sagrou a Trimec como vencedora do certame. A partir do primeiro ano de vencimento do contrato, o governo do Estado, desobedecendo os princípios básicos da licitação pública, sem justificativa plausível, resolveu prorrogar os contratos, totalizando mais de R$ 52 milhões em recursos públicos direcionados à empreiteira. Os extratos dos aditivos circularam no Diário Oficial de 14 de maio de 2012 e 15 de maio de 2013 e foram assinados pelo secretário de Transporte e Pavimentação Urbana. Denúncias recebidas pela Assembleia Legislativa dão conta de que apenas três máquinas da Trimec Construções trabalham, em todo Estado, na manutenção de rodovias estaduais. “Basta você andar pelo Estado que você não vê equipes de conservação de estradas. Apenas equipes que trabalham nas obras de pavimentação asfáltico”, afirmou um técnico da Assembleia, que já analisa os documentos. 
 
 A empresa que Wanderley da Trimec dirige tem conseguido o milagre de controlar algumas das principais e mais rentáveis empreitadas em andamento no Estado, como o contrato de Manutenção de Patrulha da Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana (Septu, antiga Sinfra) pelo qual ele é encarregado de fornecer mão de obra para a conservação e recuperação da malha rodoviária estadual, e que já gerou, em apenas três anos, um faturamento recorde de quase R$ 200 milhões de reais, sem que se saiba ao certo quais são os trechos de estrada efetivamente recuperados pela Trimec. Para conseguir força e muitos contratos, Wanderley da Trimec tem recorrido à velha fórmula de escolher parceiros bem posicionados dentro das estruturas de poder – e foi assim que, na campanha eleitoral de 2012, ele atuou como um camaleão, marcando presença tanto no grupo arrecadador do candidato a prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (coligação PSB-PDT-PPS), como no grupo arrecadador do principal adversário de Mauro, o médico pobretão do PT, Lúdio Cabral – adotado como uma espécie de “laranja” dos imensos interesses econômicos que se articulam em torno da máquina administrativa do atual governador Silval Barbosa (coligação PMDB-PR-PT). A eleição passou e, depois do aparente confronto entre os dois grupos políticos e econômicos que disputaram o controle do cofre da Prefeitura de Cuiabá, parece que só Wanderley da Trimec ganhou tudo nesta história, pois seus negócios se multiplicaram e estão rendendo muitos novos milhões, seja junto ao Governo do Estado, seja junto à administração de nossa Capital. Para reforçar seu poder, o ardiloso empresário também tem multiplicado sua área de influência e o número de seus parceiros, ao ponto de ter como frequentador habitual do escritório de sua empresa, na rua Paraguaçu, no desfocado bairro do Pico do Amor, em Cuiabá, o senhor Toninho Barbosa, outro empresário que age muito nas sombras e que se beneficia, ardilosamente, da condição de irmão do atual governador do PMDB, Silval Barbosa. Alguns dizem que tudo o que Wanderlei da Trimec toca se transforma em ouro, principalmente nos diversos garimpos que mantém sob seu controle, sem qualquer fiscalização do Departamento Nacional de Produção Mineral. Só que as denúncias em torno dos esquemas, conchavos e acertos celebrados e operados por este empresário de apetite aparentemente insaciável começam a pipocar por todos os lados e já não são poucos os inquéritos e processos administrativos e judiciais que em que seu nome começa a aparecer na condição de investigado. 

O pipoco mais violento e propriamente dito aconteceu em abril de 2012, em uma remota fazenda situada na zona rural de Várzea Grande, denominada Fazenda Ajuricaba, na divisa com o município de Livramento, onde Wanderley da Trimec foi personagem de um episódio digno das mais sanguinolentas histórias da Máfia, sendo metralhado ao lado de um dos seus inúmeros sócios, Valdinei Mauro de Souza, o “Ney”, à beira de um garimpo que mantém em sociedade com o também empresário e atual prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes. O episódio rendeu muitas manchetes, inquéritos e até mesmo a prisão de outro empresário-garimpeiro, Filadelfo Dias, em meio a uma disputa por poder que já extravasou as porteiras das inúmeras áreas de garimpo onde estes empresários costumam recolher parte de suas fortunas e que se arrasta, atualmente, no Fórum de Cuiabá. Não bastasse o mergulho no submundo onde o que fala mais alta é o som das metralhadoras, as estrepolias contratuais da empreiteira que Wanderley da Trimec comanda já chamaram a atenção do quase sempre vesgo e bem cevado Tribunal de Contas da União que, muito recentemente, no final de agosto deste ano de 2013, através de voto do ministro Raimundo Carreiro (da cota do senador José Sarney), declarou a Trimec do Wanderley como uma empresa inidônea (no popular: pouco confiável, dada à prática de ilegalidade) para participar de qualquer licitação que venha a ser promovida pela Administração Pública Federal no prazo mínimo de 6 (seis) meses. A Trimec, pelo que constatou o julgamento do TCU, na ânsia de ampliar o faturamento em um contrato com o Exército Brasileiro, através do 9º BEC, incorreu na prática de fraude em documentação e em sonegação fiscal. 

Pela secretaria encarregada das obras de logística no Estado de Mato Grosso já passaram secretários com pose de coronel, como no caso de Luiz Antônio Pagot e Vilceu Marchetti, indicados pelo então governador Blairo Maggi (PR). Ultimamente, os secretários perderam a importância e a pose e quem se impõe mesmo são empreiteiros como Wanderley Fachetti Torres que parece encarar a Septu como uma extensão da sua empresa Trimec. O atual secretário, Cinésio de Oliveira é uma indicação do deputado federal Welington Fagundes (PR) que, em uma primeira análise, teria ampliado, com esta nomeação do seu antigo chefe de gabinete na Câmara Federal, os seus domínios, somando o controle das obras do setor federal, através da superintendência do DNIT, com o controle das obras do setor estadual, através da Septu. As evidências, todavia, são de que Fagundes, tanto quanto o atual chefe do poder estadual, o governador Silval Barbosa, perderam força e o poder mesmo está com Wanderley da Trimec, como demonstra o contrato 031-2011, que parece ter colocado a chave do cofre da secretaria nas mãos do empreiteiro-garimpeiro. Quando este contrato foi celebrado, em agosto de 2011, previa um faturamento total, para a Trimec do Wanderley, de R$ 22.284.000,00 ( Vinte e dois milhões, duzentos e oitenta e quatro mil reais), em troca do simples fornecimento de mão de obra, para atender a conservação das estradas da malha estadual, já que tudo mais seria providenciado pelo Governo do Estado. 

A força do Wanderley da Trimec ficou patente quando, apenas três meses depois o acordo inicial, em agosto de 2011, ele já conseguiu um primeiro aditivo para o contrato, elevando o valor em R$ 4 milhões, sem a necessidade de apresentar justificativa para quem quer que seja, já que, diante da Trimec do Wanderley, os órgãos de fiscalização do Estado parecem ser letra morta. Desde então todas as torneiras da Secretaria de Transporte e Pavimentação Urbana e da administração do governador Silval Barbosa parecem terem sido abertas para a Trimec do Wanderley que, em apenas três anos – de maio de 2011 até este mês de setembro de 2013 -, já conseguiu reajustar repetidamente o valor do contrato 031-2011, atingindo, segundo as mais recentes informações o montante de R$ 52.668.000,00 (Cinquenta e dois milhões, seiscentos e sessenta e oito mil reais). E, mantido o ritmo da carruagem, não deve parar por aí. Fonte da Septu, consultada pelo CENTRO-OESTE POPULAR, calcula que, nesses três anos de vacas muito, muito gordas, o Wanderley da Trimec transformou os variados contratos que mantém com a administração de Silval Barbosa em uma espécie de garimpo fenomenal. Os dados apontam que Wanderley da Trimec já recolheu dos cofres públicos quantia superior a R$ 200.000.000,00 (Duzentos milhões de reais), concentrando obras e favores, enquanto diversas outras empresas do setor da construção civil, que não contam com as bem articuladas relações que ele desenvolveu por dentro da máquina pública de poder em Mato Grosso, viram seus espaços reduzidos, tiveram que vender suas equipamentos, demitir seus funcionários e até mesmo fecharem suas portas, enquanto o sorriso e a fortuna do ardiloso caixa de campanha de Lúdio Cabral e de Mauro Mendes vai se ampliando. Pior: a empreiteira controlada pelo empresário Wanderley Fachetti Torres tem multiplicado seu faturamento às custas dos cofres de Mato Grosso sem que se saiba ao certo quais tem sido os serviços que a Trimec do Wanderley tem efetivamente realizado para melhoria e manutenção da malha rodoviária estadual já que, sempre que uma equipe de reportagem resolve sair em campo, só encontra, pelo interior, as mesmas crateras no asfalto e os mesmos atoleiros de sempre. 

Fontes: PáginadoE/Issoénotícia/CentroOestePopular

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